Queimadas se alastram pelo país e afetam a segurança nas rodovias

Queimadas se alastram pelo país e afetam a segurança nas rodovias

Queimadas se alastram pelo país e afetam a segurança nas rodovias

Vejas as principais recomendações para dirigir de forma segura e eficiente em áreas atingidas pela fumaça das queimadas e incêndios

A combinação do tempo seco devido à baixa umidade e às altas temperaturas com ventos fortes e a ação humana promoveu a ocorrência de grandes queimadas em todas as regiões do Brasil ao longo do mês de agosto. Entre as áreas mais atingidas pelos incêndios florestais estão os biomas Amazônia e Pantanal, e o estado de São Paulo.

Em todo o país, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou mais de 48,7 mil focos de incêndio entre os dias 1 e 24 de agosto. Só no estado de São Paulo, foram identificados 3.482 focos de queimadas nesse período, o maior número de focos de incêndio no estado em um mês desde 1998, quando o Instituto começou o monitoramento das queimadas.

Além de destruir a vegetação natural e gerar outros danos ao meio ambiente e à saúde, como a perda de fauna e a poluição do ar com a emissão de gases tóxicos e nocivos na atmosfera, as queimadas afetam a segurança dos motoristas que trafegam pelas rodovias cortadas pelas matas em chamas.

Nos últimos dias, cerca de 30 municípios paulistas ficaram em situação crítica e várias rodovias do estado de São Paulo foram interditadas total ou parcialmente, pois ficaram completamente encobertas pela fumaça intensa dos incêndios. Em locais mais críticos, havia ainda o risco das labaredas de fogo atingirem os veículos na pista.

Segundo a lista divulgada pela Defesa Civil do estado de São Paulo, a maior parte das rodovias interditadas fica em regiões que concentram forte atividade industrial e do agronegócio, principalmente o setor canavieiro.

Veja abaixo os pontos das rodovias do estado de São Paulo que sofreram interdições parciais ou totais pela Defesa Civil nos últimos dias (os locais já foram liberados):

Rodovias concedidas:

* Km 117 da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-255), Araraquara:

* Km 98 da Rodovia Carlos Tonanni/Nemésio Cadetti (SP-333), Ribeirão Preto/Borborema

* Km 342 da Rodovia Cândido Portinari (SP-334), Brodowski:

* Km 7 da Interligação Planalto (SPI-040/150), São Bernardo do Campo.

 

Rodovias estaduais:

Interdições totais

  • SP 215, km 204
  • SP 291, km 17
  • SP 425, km 139
  • SP 563, km 214
  • SPI 627/310, km 25

 

Interdições parciais

  • SP 143, km 05
  • SP 055, km 369,7
  • SP 058, km 220,2
  • SP 310, km 486
  • SP 425, km   57
  • SP 373, km 187,5
  • SP 463, km 34
  • SP 425, km 259,8

 

Apesar do alívio trazido por uma frente fria e chuva que chegaram ao estado de São Paulo no último fim de semana, os locais mais afetados continuam sob alerta e monitoramento das equipes de emergência da Defesa Civil, uma vez que o tempo seco deve persistir até o fim do inverno. 

Nas regiões Norte e Centro-Oeste do país, a situação também ainda não está totalmente fora de risco, por isso, o deslocamento rodoviário por essas áreas exige muita atenção.

 

Quais os riscos das queimadas para os motoristas?

Dirigir no período de estiagem traz uma série de dificuldades e riscos aos condutores. O primeiro desafio é a falta de visibilidade provocada pela fumaça densa dos incêndios. 

Sem visibilidade adequada, o condutor fica mais vulnerável a cometer infrações de trânsito por não perceber as sinalizações ou se envolver em colisões traseiras, transversais e frontais.

A fumaça também pode ocasionar outros tipos de acidentes graves, como o atropelamento de animais de criação ou silvestres que fogem da área queimada em direção ao asfalto, tipo de sinistro que pode resultar na morte não só do animal, mas dos condutores e passageiros.

A exposição à fumaça e ao intenso calor também deixa os condutores, passageiros e pedestres mais suscetíveis a doenças respiratórias, como asma, alergias, infecções, além de problemas cardíacos e outros tipos de crises de saúde ou mal-estar.

Há também o impacto econômico, pois as queimadas intensas podem gerar tráfego intenso devido à redução da velocidade dos veículos ou pela interdição das rodovias e atrasar de forma significativa o deslocamento de cargas, mercadorias e passageiros, trazendo uma série de prejuízos para os colaboradores que têm o transporte e a logística como meio de trabalho.

 

Principais recomendações para dirigir em áreas com fumaça das queimadas

Durante esse período de seca, a primeira recomendação da Defesa Civil é evitar trafegar por áreas muito afetadas pelos incêndios de grandes proporções. Portanto, é fundamental planejar a viagem e ficar atento às atualizações constantes das equipes de emergência e concessionárias das rodovias sobre as condições de tráfego monitoradas em tempo real.

Se necessário, mude a rota e busque estradas alternativas que estejam em condições mais seguras. É importante também levar em consideração as condições do veículo e do motorista para atravessar as áreas mais críticas com queimada intensa na beira da estrada. 

Se o motorista se deparar com alguma cortina de fumaça, a primeira providência é sair do local e tentar parar em algum ponto seguro, longe do foco de incêndio, e acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros pelo número 193, ou a Defesa Civil no número 199, para enviarem equipes e veículos especializados que possam extinguir as chamas.

 

Outras recomendações importantes:

  • Reduza a velocidade em situações de baixa visibilidade e não ultrapasse os limites estabelecidos para a via;
  • Redobre a atenção nos retrovisores e mantenha distância segura em relação aos outros veículos;
  • Acenda os farois para facilitar que outros condutores te vejam na pista;
  • Sinalize com as setas qualquer movimento de mudança de faixa ou saída da pista. Se precisar parar, ligue o pisca-alerta;
  • Mantenha as janelas do veículo fechadas e o ar-condicionado no modo de recirculação do ar, para evitar a entrada da fumaça;
  • Dirija sempre de forma defensiva e com foco total na condução e no entorno geral do veículo;
  • Não use celular ao volante;
  • Se antecipe a riscos, mantendo o pé no freio para reduzir o tempo de reação em situações adversas.

 

A Defesa Civil reforça que cerca de 90% dos focos de incêndio são causados pela ação humana e, por isso, emitiu uma série de recomendações à população para combater as queimadas e os incêndios florestais, como:

  • Não soltar balões que usam fogo; 
  • Evitar acender fogueiras, especialmente próximo às matas e florestas;
  • Não utilizar o fogo para limpar terrenos ou queimar lixo;
  • Fazer o descarte adequado e sustentável de seus resíduos;
  • Fazer queima controlada somente quando permitido e com autorização dos órgãos ambientais;
  • Não jogar bitucas de cigarro na vegetação;
  • Em propriedades rurais, construir e manter aceiros limpos para evitar a propagação do fogo, principalmente próximo às estradas e rodovias e às áreas florestais;
  • Cadastrar o número da Defesa Civil no celular para receber os alertas de incêndio. Basta enviar um SMS com o seu CEP para o número 40199.

É essencial ainda manter uma conduta vigilante e acionar as autoridades em caso de flagrantes de atitudes ilegais de propagação intencional do fogo para que haja a devida investigação e criminalização dos responsáveis. 

Afinal, o combate às queimadas e a manutenção da segurança dos moradores, trabalhadores, motoristas e pedestres é uma responsabilidade compartilhada entre os agentes públicos, privados e toda a sociedade.

 

Soluções para direção defensiva em situações adversas

Para atravessar de forma segura situações de risco intenso nas estradas ou vias urbanas, como são as queimadas ou outras condições climáticas severas,  é fundamental que o condutor, principalmente o profissional, obedeça às regras de trânsito e desenvolva habilidades e técnicas para se antever e evitar acidentes.

O conhecimento aliado à prática contribuem de forma decisiva para uma condução mais segura e eficiente, que protege vidas e reduz custos. 

E as empresas têm papel fundamental na conscientização de seus colaboradores sobre a necessidade de adotar boas práticas no trânsito e de se capacitarem para situações adversas.

E o CEPA Mobility pode ajudar sua frota na construção de uma cultura de segurança viária. 

Alinhado à meta global de redução da mortalidade no trânsito, o CEPA Mobility atua com a capacitação e consultoria de empresas e organizações no gerenciamento de frotas.

 

Com um Programa Integral de Segurança Viária que abrange desde a conduta do motorista, o ambiente do veículo até as condições da estrada, o CEPA oferece capacitação e treinamentos práticos para condutores, além de consultorias e gestão de dados para frotas de veículos leves, utilitários, 4×4, empilhadeiras, máquinas de linha amarela, caminhões pesados e extrapesados, além de ônibus e vans.

 

Os programas são voltados para companhias nacionais e multinacionais com frotas automotivas de pequeno, médio ou grande porte, de diferentes segmentos da economia, como agro, farmacêutica, energia, mineração, química, entre outros.

 

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Escrito por Débora Brito, jornalista, graduada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), pós-graduada em Ciência Política, e revisora e copywriter no CEPA Mobilitty.

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